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                                                                                       Igreja Evangélica Assembleia de Deus

  Recife      PE 

             Pastor Presidente: Aílton José Alves

 

 

                                                                  INTRODUÇÃO
Um dos aspectos mais importantes da experiência dos israelitas no monte Sinai foi o recebimento da Lei de Deus, através do seu líder, Moisés. Nesta lição relataremos o pacto de Deus com o seu povo, Israel; veremos a necessidade e o objetivo da Lei; falaremos sobre a importância do Decálogo quanto a todo conteúdo das Escrituras, e, por fim, destacaremos que Cristo é o objetivo da Lei para justiça de todo aquele que crê.
                                     I – O PACTO DE DEUS COM O POVO DE ISRAEL NO SINAI
1.1 Lembrando o grande livramento. Deixando Elim, os israelitas chegaram ao deserto de Sim, e dali foram a Refidim, onde montaram acampamento (Êx 16.1; 17.1). No terceiro mês após o êxodo, alcançaram o deserto do Sinai (Êx 19.1). Ali Moisés recebeu uma comunicação de Deus para transmitir ao povo o grande livramento que Ele havia feito tirando-os do Egito: “Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre as asas de águias, e vos trouxe a mim” (Êx 19.4). Com esta metáfora, Deus descreveu o êxodo e a jornada para o Sinai. As águias, comumente, tiram seus filhos dos ninhos e leva-os sobre as asas para ensiná-los a voar. No seu cântico final, Moisés empregou essa figura de linguagem para retratar o cuidado de Deus por Israel e que só o Senhor podia fazer tal coisa (Dt 32.11,12).
1.2 O pacto no monte Sinai. Foi ao pé do monte Sinai que Deus fez uma aliança com Israel exigindo obediência irrestrita aos seus mandamentos e fazendo-lhes preciosas promessas (Êx 19.5,6). O termo pacto ou aliança em hebraico é de berit, e berit karat que significa “fazer (lit. „cortar‟ ou „lapidar‟) uma aliança”. Uma aliança é um acordo feito entre duas ou mais pessoas. Por isso, após ouvir os detalhes do pacto bilateral, o povo de Israel respondeu com entusiasmo positivo (Êx 19.7,8).
1.3 A ratificação da aliança. Em (Êx 19.9-25) para gravar na mente dos hebreus a importância do pacto da Lei, Deus se apresentou na nuvem e pronunciou os Dez Mandamentos em voz forte (Êx 19.9,19). A santidade de Deus foi destacada pelos preparativos que Israel fôra orientado a fazer. Eles deveriam se santificar e lavar as suas vestes (Êx 19.10-15). Moisés foi instruído a marcar um limite em torno do monte Sinai para que os israelitas não o tocassem. Dessa forma, eles aprenderam a grandeza inacessível e sua sublime majestade (Êx 19.12-25). No capítulo 24 do livro do Êxodo, Deus ratificou o pacto entregando a Moisés os mandamentos escritos em pedra por suas próprias mãos (Êx 31.18; Dt 9.10).
                                       
                                           II – A NECESSIDADE E O OBJETIVO DA LEI
Todo o povo precisa ter leis, e até as tribos mais primitivas contam com sua legislação, formal ou informal. Com o povo de Israel não podia ser diferente. Deus revelou sua Lei para os israelitas no Sinai (Êx 20.1,2). A Lei era necessária por pelos menos três motivos:
2.1 Proporcionar uma norma moral para os redimidos. A Lei revelava a vontade de Deus quanto a conduta do seu povo (Êx 19.4-6; 20.1-17) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A Lei não foi dada como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um relacionamento de salvação com Deus (Êx 19.4; 20.2) a fim de instruí-lo na vontade do Senhor, para que pudesse realizar o propósito de Deus (Êx 19.6). Logo, a revelação foi dada “não para dar, mas para orientar a vida”
                                                                   (Lv 20.22,23).
2.2 Demonstrar a natureza e o caráter de Deus. A Lei expressava a natureza e o caráter de Deus, isto é, seu amor, bondade, justiça e repúdio ao mal, e sobretudo que o Deus de Israel é Santo (Lv 11.44,45; 19.2; 20.7,26; 21.8). A Bíblia denomina Deus de “santo” (Sl 99.3). Ele é chamado de o “Santo de Israel” no (Sl 89.18); e, no livro do profeta Isaías, aproximadamente trinta vezes (Is 1.4; 57.15). A santidade é uma característica da própria natureza de Deus, e não somente expressão de um procedimento santo. Ele mesmo diz: “Eu sou santo”
                                                     (Lv 19.2; Sl 99.6,9; I Pe 1.16).
2.3 Mostrar à humanidade seu estado pecaminoso e revelar que só pela graça podemos ser salvos. O apóstolo Paulo disse que “nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado” (Rm 3.20). Ela não fôra dada como um meio de se alcançar a salvação, mas “nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados” (Gl 3.24). A palavra grega traduzida por “aio” é “paidagõgos” que significa “instrutor”, “professor” e indica um escravo, cuja tarefa era cuidar de uma criança até que ela chegasse a idade adulta. A Lei serviu dIII – e aio para mostrar os nossos pecados e nos conduzir a Cristo (Gl3.25)
                                                   
                                               III –  OS DEZ MANDAMENTOS
Os Dez Mandamentos também chamado de Decálogo (Em grego decá, dez + logos, palavras), são a legislação
essencial que o Senhor entregou ao povo de Israel no Sinai (Êx 20 e Dt 5).
Didaticamente, estes mandamentos podem ser divididos em duas partes distintas: (1) os primeiros cinco mandamentos dizem respeito aos nossos deveres para com Deus; (2) os cinco últimos mandamentos dizem respeito aos nossos deveres para com o próximo.
Constituindo-se na essência do Pentateuco, o Decálogo é a mais perfeita das leis escritas. Vejamos na tabela abaixo quais os princípios morais dos Dez Mandamentos ensinados no AT e reafirmados no NT:
                                                         
                                                                 IV – CRISTO O FIM DA LEI
Os Dez Mandamentos não foram anulados por Cristo, mas, rigorosamente cumpridos por Ele durante o seu
ministério (Mt 5.17; Gl 4.4). Se a cerimônia levítica perdeu a razão de ser com o advento do Messias, o mesmo não se deu com os mandamentos. No sermão do Monte, o Senhor Jesus reafirmou os artigos do Decálogo (Mt 5-7). Quanto à controvérsia sobre o sábado, é interessante observar que o sábado judaico não é obrigatório para os crentes, pois já não estamos sob o jugo da Lei (Rm 6.14; 7.14; 8.1-5).
Não dependemos da Lei para sermos salvos e aceitos diante de Deus (Gl 3.23-25; 4.4-5), pois fomos transferidos da Antiga Aliança e unidos a Cristo para a salvação (Rm 7.1-4).
4.1 “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2.27). O sábado, instituído
por Deus, traz implícita a ideia de descanso para o ser humano (Êx 20.8). O propósito é que todos se abstenham um dia da semana no trabalho diário, a fim de adorar a Deus e buscar comunhão com Ele, para permanecerem fisicamente saudáveis e espiritualmente fortes (Is 58.13,14).
Com o advento do Cristianismo, o Dia do Senhor (Domingo), passou a preencher este objetivo
(1Co 16.1,2; At 20.7). 
4.2 “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).
Com estas palavras o apóstolo Paulodeixou claro que crer em Cristo como Senhor e Salvador põe um fim à busca inútil do pecador pela justiça por meio de suas tentativas imperfeitas de salvar a si mesmo pelos esforços em obedecer a Lei (Is 64.6; Rm 3.20-22; Cl 2.13-14).
                                                                         
                                                                             CONCLUSÃO
Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a total confiança em Deus e na Sua Palavra (Gn 15.6), e o amor sincero a Ele (Dt 6.5), formaram o fundamento para a guarda dos seus mandamentos.
                                                                            REFERÊNCIAS
                                        STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
                                          ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
                                                      HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.